Ter Cristiano Ronaldo não é ter a melhor selecção do Mundo, nem ser uma das melhores. Ronaldo é um jogador fora de série e para muitos o melhor do Mundo mas só ele não chega!
Portugal é um pequeno país que até forma de regularmente bons jogadores como o fez nos últimos 25 anos, contudo parece que vivemos num período de escassez de talento, muito também por culpa de empresários e do que fazem com os clubes, dotando-os de muitos sul-americanos.
Tudo isto prejudica a selecção e aí Paulo Bento está livre de crítica pois com pouco, exigem-lhe sempre muito.
Portugal chegou a um nível em que os portugueses pensam que o estatuto da nossa selecção é para ganhar competições mas como diz Scolari “para se ganhar tem que se dar o pequeno passo de estar presente” e isso tem sido a aflição da Nossa Seleção. Contudo isso tem sido superado em playoff e a última competição que falhamos nos últimos 18 anos foi o Mundial 1998 em França. Isto é de regularidade digna de uma grande selecção.
Apesar desse enorme registo há sinais de preocupação para este ano e para a presença no Mundial 2014 no Brasil. O selecionador tem uma base de 30/35 jogadores seleccionáveis mas a maior parte são jogadores medianos e o sonho que vivemos em anos passados não pode ser suportado em 2 ou 3 jogadores de nível mundial que temos. Hoje em dia, para além das grandes potências habituais como Espanha, Brasil, Alemanha, Argentina, Holanda, Itália, França e Inglaterra, há agora selecções que começam a surgir e a ter jogadores muito superiores aos nossos, como é o caso de belgas, colombianos e uruguaios. Analisando posição por posição, verificamos que são poucas as selecções em que o ponta-de-lança não é superior a Postiga (habitual titular). Exemplo disso são: Falcao e Jackson (Colômbia), Lukaku, Benteke e Mirallas (Bélgica), Cardozo, Valdez e Santa Cruz (Paraguai), Caicedo (Equador), Ibrahimovic (Suécia), Bendtner (Dinamarca), Mandzukic (Croácia), Robbie Keane (Irlanda), Forlán, Cavani e Suaréz (Uruguai) e até se analisarmos o CAN, reparamos em Emenike (Nigéria), Mbokani (Congo) e o consagrado Drogba (Costa de Marfim). Palavras faltam para contrariar este fenómeno, mas esperemos que nos próximos anos isto mude!
Os portugueses têm que se convencer que já não temos a geração de 2004, 2006 e habituarmo-nos a Postigas, Velosos e entre outros que não são Figo, Rui Costa, Deco e Simão. Nós somos uma selecção razoável com 5 craques (Ronaldo, Moutinho, Nani, Patrício e Pepe) e não uma selecção fora de série com alguns pontos fracos. É verdade que foi esta selecção que em 2012 brilhou, mas foi levada às costas de um incomodado CR7 e o sempre incansável Moutinho, e não fosse a sorte de Varela nem sequer saímos do grupo.
Hoje estamos com dificuldades que serão difíceis de ultrapassar devido ao actual momento de alguns jogadores e aí está o principal erro de Paulo Bento. Aquando da sua entrada na selecção, modificou o esquema e pôs a jogar quem merecia e quem estava em melhor momento. Boa filosofia e com resultados práticos. Mas porquê não fazer o mesmo agora? É só aplicar a mesma fórmula e tirar quem não está bem. Parece simples, mas Paulo Bento não o tem feito.
A selecção não rende, há jogadores que parecem outros e há opções bastantes discutíveis. Essas opções discutíveis existirão sempre, e cada um tem as suas, mas o selecionador parece ser casmurro em apostar em alguns jogadores em detrimento de outros em melhor forma.
É visível que Postiga já deu o que tinha a dar e que Éder é muito mais completo, que Nani está em baixo de forma e Varela num bom nível, que Veloso fez um bom Euro mas talvez Manuel Fernandes merecesse uma oportunidade. Depois há ainda Eliseu, a fazer uma grande época e nem sequer é chamado. Em contraste deixar o elogio pela chamada de Neto mas questionar o porquê de só ter jogado depois de ter sido contratado pelo Zenit, pois no Nacional e no Siena já o merecia. O caso de Neto remete para o porquê da não chamada de jogadores portugueses que não sejam de Porto, Benfica, Braga e Sporting e de clubes estrangeiros. Há por exemplo soluções como André Leão e Vitor no Paços de Ferreira que acrescentam algo a Portugal ofensivamente e defensivamente que Custódio e Ruben Amorim estão longe de oferecer. André Gomes é craque mas os jogadores dos “castores” estão a merecer.
Paulo Bento irá rever erros dos jogos passados e terá de alterar muita coisa num espaço de um mês e esperamos que a convocatória seja o reflexo disso. É preciso estar no Brasil no próximo ano e há capacidade para lá chegar, é preciso empenho e coragem!
Uma pequena chamada de atenção aos sub-20 que prometem muito e é preciso dar-lhes oportunidades e os clubes não os podem preterir para estrangeiros de forma a asfixia-los e impedirem o seu crescimento.
CR7 não é tudo mas pode ser quase se o ajudarem!
P.S. – Lima é craque mas mais brasileiros não!
Portugal é um pequeno país que até forma de regularmente bons jogadores como o fez nos últimos 25 anos, contudo parece que vivemos num período de escassez de talento, muito também por culpa de empresários e do que fazem com os clubes, dotando-os de muitos sul-americanos.
Tudo isto prejudica a selecção e aí Paulo Bento está livre de crítica pois com pouco, exigem-lhe sempre muito.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgiC6KN3Ac_-w_MzJ6z9upRFssaUA6YI5z4ksnXagdv790CzEkODDxE8zRyxqqfhPbOm9bBWWMfhcMSqMzSTI07BmjsVL-M7TbXtK3vv1u5ArtfSSSvJsVTbv1nQOSAFH_ST0b6FDpOhfIl/s320/Seleao_Portuguesa_de_Futebol.jpg)
Apesar desse enorme registo há sinais de preocupação para este ano e para a presença no Mundial 2014 no Brasil. O selecionador tem uma base de 30/35 jogadores seleccionáveis mas a maior parte são jogadores medianos e o sonho que vivemos em anos passados não pode ser suportado em 2 ou 3 jogadores de nível mundial que temos. Hoje em dia, para além das grandes potências habituais como Espanha, Brasil, Alemanha, Argentina, Holanda, Itália, França e Inglaterra, há agora selecções que começam a surgir e a ter jogadores muito superiores aos nossos, como é o caso de belgas, colombianos e uruguaios. Analisando posição por posição, verificamos que são poucas as selecções em que o ponta-de-lança não é superior a Postiga (habitual titular). Exemplo disso são: Falcao e Jackson (Colômbia), Lukaku, Benteke e Mirallas (Bélgica), Cardozo, Valdez e Santa Cruz (Paraguai), Caicedo (Equador), Ibrahimovic (Suécia), Bendtner (Dinamarca), Mandzukic (Croácia), Robbie Keane (Irlanda), Forlán, Cavani e Suaréz (Uruguai) e até se analisarmos o CAN, reparamos em Emenike (Nigéria), Mbokani (Congo) e o consagrado Drogba (Costa de Marfim). Palavras faltam para contrariar este fenómeno, mas esperemos que nos próximos anos isto mude!
Os portugueses têm que se convencer que já não temos a geração de 2004, 2006 e habituarmo-nos a Postigas, Velosos e entre outros que não são Figo, Rui Costa, Deco e Simão. Nós somos uma selecção razoável com 5 craques (Ronaldo, Moutinho, Nani, Patrício e Pepe) e não uma selecção fora de série com alguns pontos fracos. É verdade que foi esta selecção que em 2012 brilhou, mas foi levada às costas de um incomodado CR7 e o sempre incansável Moutinho, e não fosse a sorte de Varela nem sequer saímos do grupo.
Hoje estamos com dificuldades que serão difíceis de ultrapassar devido ao actual momento de alguns jogadores e aí está o principal erro de Paulo Bento. Aquando da sua entrada na selecção, modificou o esquema e pôs a jogar quem merecia e quem estava em melhor momento. Boa filosofia e com resultados práticos. Mas porquê não fazer o mesmo agora? É só aplicar a mesma fórmula e tirar quem não está bem. Parece simples, mas Paulo Bento não o tem feito.
A selecção não rende, há jogadores que parecem outros e há opções bastantes discutíveis. Essas opções discutíveis existirão sempre, e cada um tem as suas, mas o selecionador parece ser casmurro em apostar em alguns jogadores em detrimento de outros em melhor forma.
É visível que Postiga já deu o que tinha a dar e que Éder é muito mais completo, que Nani está em baixo de forma e Varela num bom nível, que Veloso fez um bom Euro mas talvez Manuel Fernandes merecesse uma oportunidade. Depois há ainda Eliseu, a fazer uma grande época e nem sequer é chamado. Em contraste deixar o elogio pela chamada de Neto mas questionar o porquê de só ter jogado depois de ter sido contratado pelo Zenit, pois no Nacional e no Siena já o merecia. O caso de Neto remete para o porquê da não chamada de jogadores portugueses que não sejam de Porto, Benfica, Braga e Sporting e de clubes estrangeiros. Há por exemplo soluções como André Leão e Vitor no Paços de Ferreira que acrescentam algo a Portugal ofensivamente e defensivamente que Custódio e Ruben Amorim estão longe de oferecer. André Gomes é craque mas os jogadores dos “castores” estão a merecer.
Paulo Bento irá rever erros dos jogos passados e terá de alterar muita coisa num espaço de um mês e esperamos que a convocatória seja o reflexo disso. É preciso estar no Brasil no próximo ano e há capacidade para lá chegar, é preciso empenho e coragem!
Uma pequena chamada de atenção aos sub-20 que prometem muito e é preciso dar-lhes oportunidades e os clubes não os podem preterir para estrangeiros de forma a asfixia-los e impedirem o seu crescimento.
CR7 não é tudo mas pode ser quase se o ajudarem!
P.S. – Lima é craque mas mais brasileiros não!